Ter o prazer de cuidar do carro, não é mais, necessariamente, uma tarefa masculina, as mulheres cada dia mais se envolve nesses afazeres, sou prova viva disso. Ontem fui fazer pela primeira vez em Joinville, o que eu fazia religiosamente quase todos os sábados quando morava em Recife. Colocar o carro pra lavar e esperar com uma beeeemm gelada do lado.
Que saudade me bateu, saudade das pessoas do lava-jato, saudade do calor que me obrigava a tomar a cerveja gelada, saudade até da hora de pagar que eu pechinchava cada centavinho, queria que ele lavasse, encerasse e ainda desse muito beijinho e carinho pro meu carro com aquele precinho camarada, coisas de nordestinho.
Lembro-me de uma companhia indispensável, a poia Karla, saudade das vezes que eu dizia: “vamos só tomar um caldinho” (em joinville é difícil encontrar caldinho) ela respondia: “claro né mimi, só um caldinho mesmo” e ria com um ar de ironia, como quem diz, me engana que vai ser apenas um caldinho. Pensem numa coisa boa, era tomar caldinho, cerveja gelada e falar porcaria no bar Amarelinho em Jardim São Paulo. O dia passava voando e não me lembro quantas vezes eu sai bebaça de lá, com Karla e Monique. Eita farra boa! Essas meninas me fazem uma falta danada, éramos como as Panteras, só que mais bonitas (kkkkkkkk).
Não tinha mesmo hora pra acabar, e muitas vezes sempre aparecia mais um integrante, conhecido ou não, sempre arrumava um jeitinho de sentar na nossa mesa e esperar o carro terminar de lavar. A bem da verdade, hoje eu entendo que lavar o carro era apenas mais uma desculpa, dentre milhares, pra tomar uma gelada, com caldinho, claro!