terça-feira, 30 de outubro de 2007

Amiga


Por várias vezes eu achei que ninguém lia meu blog, mas agora sei que os grandes amigos, realmente, acessam e lêem. Cheguei a essa conclusão pelas cobranças dos textos, não que meus textos sejam os melhores, mas sim porque todos querem ser citados (ainda bem que querem aparecer no meu blog, isso ajuda a divulgar).

O texto de hoje será dedicado a uma grande amiga que fiz em Joinville, sei até que corro o risco de deixar com raiva os amigos recifenses que ainda não foram citados, mas tem espaço pra todo mundo no meu coração de mãe.

A amiga é por mim carinhosamente chamada de “a mais simpática” Foi muito engraçada a situação, quando ela falou comigo ao telefone (ainda em Recife) de cara eu detectei que ela ganharia o troféu da chatice do ano, mas foi pela segurança que ela me passou que comprei a passagem e vim parar em Joinville. Ainda favorita ao troféu, eu a conheci, uma galega com cara de “patricinha fútil”, logo pensei: “eu não vou agüentar muito tempo”. No decorrer do dia eu percebi que por traz daquela pseudo-chatice eu encontraria uma menina maravilhosa, uma amiga espetacular, guerreira, alegre, divertida, prestativa e de um coração e um carisma que somente ela consegue ter, aos poucos ela foi desclassificada do troféu da chatice do ano e passou a ter todos os bons conceitos que alguém pode receber.

Patrícia, quero te dizer que eu acho do caralho ter você como amiga. Adoro tu!

domingo, 21 de outubro de 2007

Procurando felicidade


Todo mundo passa a vida inteira procurando a felicidade. Mas procura por uma felicidade infinita, aquela que as pessoas não se contentam com pouco, tem que ser muito tem que ser F-E-L-I-C-I-D-A-D-E, com todas as letras maiúsculas, com tudo exagerado.

Você agora já terminou a faculdade, tem um trabalho legal, gosta de uma musica boa, entende algo de cinema, tem um papo interessante, mas e a felicidade? Percebe que falta alguma coisa na sua vida. Mas será que não está exigente demais? Pare um pouco de se cobrar, procure o que está mais próximo de você.

A felicidade não está somente nos altos luxos, nas festas intermináveis nem tão pouco no amor e sexo selvagens. Está além disso, está nos gestos mais simples, na vida cotidiana, ta num café de manha feito com carinho, esta numa flor que se abre na tarde de primavera, a felicidade está num sorriso de uma criança simplesmente porque você sorriu e ela retribuiu. A felicidade também está no ombro amigo, daquele amigo que não apenas te leva pra balada, mas que cuida de você quando está doente, que topa fazer um programa de índio só pra não te deixar na mão, que te põe no colo e te coloca pra cima, mesmo que você esteja se sentindo mais raso do que o chão e acima de tudo, briga com você quando fez besteira.

Não fique mais procurando felicidade das coisas difíceis, nos momentos impossíveis, procure a felicidade do seu lado, sorria para a moça do cafezinho da empresa (aposto que ela vai caprichar no seu café), dê bom dia ao senhor do elevador, não se prenda dentro de um escritório, o mundo gira sem sua ajuda, ligue pra um amigo que não fala há anos, vá na casa da sua mãe, e pare de ficar procurando o amor da sua vida, quando menos esperar ele vai aparecer.

domingo, 14 de outubro de 2007

vamos lavar o carro??


Ter o prazer de cuidar do carro, não é mais, necessariamente, uma tarefa masculina, as mulheres cada dia mais se envolve nesses afazeres, sou prova viva disso. Ontem fui fazer pela primeira vez em Joinville, o que eu fazia religiosamente quase todos os sábados quando morava em Recife. Colocar o carro pra lavar e esperar com uma beeeemm gelada do lado.

Que saudade me bateu, saudade das pessoas do lava-jato, saudade do calor que me obrigava a tomar a cerveja gelada, saudade até da hora de pagar que eu pechinchava cada centavinho, queria que ele lavasse, encerasse e ainda desse muito beijinho e carinho pro meu carro com aquele precinho camarada, coisas de nordestinho.

Lembro-me de uma companhia indispensável, a poia Karla, saudade das vezes que eu dizia: “vamos só tomar um caldinho” (em joinville é difícil encontrar caldinho) ela respondia: “claro né mimi, só um caldinho mesmo” e ria com um ar de ironia, como quem diz, me engana que vai ser apenas um caldinho. Pensem numa coisa boa, era tomar caldinho, cerveja gelada e falar porcaria no bar Amarelinho em Jardim São Paulo. O dia passava voando e não me lembro quantas vezes eu sai bebaça de lá, com Karla e Monique. Eita farra boa! Essas meninas me fazem uma falta danada, éramos como as Panteras, só que mais bonitas (kkkkkkkk).

Não tinha mesmo hora pra acabar, e muitas vezes sempre aparecia mais um integrante, conhecido ou não, sempre arrumava um jeitinho de sentar na nossa mesa e esperar o carro terminar de lavar. A bem da verdade, hoje eu entendo que lavar o carro era apenas mais uma desculpa, dentre milhares, pra tomar uma gelada, com caldinho, claro!


terça-feira, 9 de outubro de 2007

Mal entendido


Definitivamente, algumas besteiras somente eu tenho a proeza de fazer. Em viagem a Recife, fui abrigada a fazer uma agradável conexão em Guarulhos (não tem vôo direto dessa porra!). Depois da 3 horas e 20 minutos esperando a maldita conexão. Finalmente chega a hora do embarque. Fui ao raio X, acreditem voltei 4 vezes, porque o detector apitava devido ao botão da minha calça, todo tipo de gente, uma muvuca pra passar pelo raio X, uma verdadeira salada de seres humanos (alguns eu acho que não eram desse planeta). Fiquei irritada e ameacei tirar a roupa caso esse maldito detector voltasse a apitar. Acho que notaram que eu era uma ameaça ao pudor dos passageiros e me deixaram passar. No meio dessa confusão toda, uma mulher segurava uma criança, ela estava indo pra Fortaleza. Acho que ela não sabia ler, porque me pediu ajuda para informá-la qual o portão de embarque do vôo dela. Como sempre fui prestativa não seria naquela ocasião, de tanta irritação que eu negaria qualquer ajuda. Peguei o cartão de embarque e a deixei na fila do seu vôo, quando eu já estava de saída a mulher me olha e diz: “no avião eu posso trocar a neném?” olhaaa, me subiu uma raiva, rapidamente pensei comigo: “essa matuta vem de fortaleza, faz uma pirralha e agora quer trocar por qualquer tostão”, então eu falei, quase gritando, com um tom de profunda indignação: “por que você quer trocar a criança, você é doida?”, não esperava eu ouvir dela: “eu quero apenas trocar a fralda de xixi da minha filha”. Procurei algo pra me esconder, não achei. Então sai correndo em disparada, com uma idéia de desaparecer da frente da pobre criatura que queria apenas tirar o xixi da criança.